
Me lembro de nas primeiras vezes misturar água, uma cebola picada, um pacotinho de tempêro, um pouco de vinagre e aí deixava esquentar para ver no que dava.

- Mas porquê o meu não dá certo...?
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É só imaginar que se eu fosse o cozinheiro de algum quartel, na primeira refeição que eu servisse haveria uma rebelião armada.
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Hoje cozinho aceitavelmente, para não dizer bem. Aliás posso deixar a modéstia um pouco de lado. Ainda não aprendi tudo, mas a receita de molho que fui aprendendo a fazer me levou a duas conclusões. A primeira que cozinho bem, a segunda que pude entender porque certas receitas são guardadas a sete chaves.
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Mas esqueço as lamentações e me dou ao prazer de fazer refeições com ela, agraciado de corpo e alma.
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E me lembrei de momentos na vida em que amarguei pratos pesados e de péssimo tempêro na cozinha da vida, pratos que me foram servidos porque entrei no restaurante errado na hora errada.
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Seja lá como for, acabei saindo do restaurante e na mesma caminhada da vida encontrei um lugar tão bom, com uma cozinheira tão boa e que me serve pratos tão deliciosos, com um tempêro tão cheio de sabor, sentimento e amor que ao mesmo tempo em que me sirvo de todas essas delícias, me lamento por não ter encontrado essa mulher antes.
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Mas esqueço as lamentações e me dou ao prazer de fazer refeições com ela, agraciado de corpo e alma.


Lindo esse sentir.
ResponderExcluirFico contente , pois homens que além de amar uma mulher ,sabe dar têmpero á vida está em extinção.
ResponderExcluirMuito dez! espero mesmo um dia desses saborear...
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