domingo, 13 de junho de 2010

R25 Dia dos Namorados...sozinho...

Sonhos de um dia... Ontem, Dia dos Namorados. Estou só em casa. a mulher que amo, distante. Nós dois, por contingências da vida estamos ainda distantes, mas o amor floresce em nossos corações. E toda vez que podemos estar juntos, tudo o que sonhamos, vivemos, de corpo e alma.

Ontem, um dia especial de lembranças desse amor. Relembro os dias que já vivemos, penso no reencontro que logo teremos e ao mesmo tempo, se sinto uma alegria profunda, sinto também um tristeza. A única coisa que me deixa melhor é essa trama, diria, esse jardim de lembranças, cheio de flores que nós dois plantamos nesse tempo todo.
Abro o guarda-roupa para pegar mais um agasalho e vejo a marca de baton que pedi a ela que deixasse no espelho. Está lá até hoje, como uma presença. Olho para alguns livros do meu lado na cama e me lembro da figura dela, deitada, quase pegando no sono, quando está aqui, depois que voltamos de um passeio, de um cinema. Me lembro de lençóis molhados de suor e amor das noites de verão e sinto saudades do calor de noites assim. Calor do tempo e calor do amor.

Nessas noites de frio, relembro de quando nos cobrimos e nos abraçamos. Do momento em que ela sempre pede mais um beijo antes de dormir. De ver seu sono chegando enquanto a abraço por trás e sussurro palavras de carinho em seu ouvido. Eu sempre durmo depois disso.

Penso em ver um filme e antes disso lembro dos momentos em que nos emocionamos na nossa cama, assistindo a filmes que mostravam grandes histórias de amor. Lembro de ocultar uma lágrima enquanto assistia o filme "Anna Karenina" com ela, uma história de amor que tira lágrimas de qualquer um.
Ligo a televisão e acompanho uma divertida comédia romântica. No final tudo dá certo para a moça do filme, que termina junto do seu grande amor. Olho mais uma vez para o lado em que ela dorme na cama e por um momento posso sentir sua presença ao fechar os olhos.
Tenho vivido assim, com essas lembranças e sempre que podemos, estamos juntos e então flui todo esse amor guardado por tanto tempo, com essa distância toda entre nós. Um dia não teremos mais essa separação.

É um dia especial mesmo por poder sentir tudo isso. Uma vez assistimos o filme "As pontes de Madison". Quem não abre o coração para o amor vendo um filme desses? E eu alí, junto dela, sentindo sua pele macia, seu carinho, sua emoção vendo o filme. Emocionar-me junto com ela. É coisa que me deixa de olhos úmidos agora.

Lembro dela quando saímos uma vez, seu olhar alegre, ela ajustando a alça do seu vestido, perguntando se estava bem. Estava linda. Seu ombro sempre pedindo um beijo e nós caminhando e conversando e eu sempre notando seu olhar brilhante enquanto ela me contava coisas da vida.

E me lembro também de quando chega o momento da partida, minha ou dela. Quando nos abraçamos e vejo seus olhinhos molhados e os beijo. Se quem diz amar, realmente sente alguma coisa no momento da separação, então ama mesmo.

Assim, nesse dia, tenho lembranças, tenho sonhos e percebo que no fundo não estou só. Lembranças, sonhos e esse amor todo. É como se fosse uma ponte até ela.

Até parece um filme que vimos.

Um comentário:

  1. Ter um namorado...este que nos deixa de coração ardente,alma flamejante,pensamentos a mil...e a vida cheia de esperança e paz...este namorado que sempre tem as palavras certas,carinhos e amor transbordando...este é o carinho que prazerosamente vivo a cuidar nas saudades dos momentos...

    ResponderExcluir